Reflexões...

 

                                                    ... Arte como cultura e expressão

 

      É sobre essas peculiaridades da arte como cultura e expressão, que apontam para uma formação ética, estética e política não doutrinada do sujeito, que se deve permitir analisar, pois, a cultura deve propiciar ao sujeito seu espaço de imaginação e fantasia e as várias formas de se expressar por meio das múltiplas linguagens que pertencem ao mundo da arte, como a música, a dança, o teatro, a pintura e o desenho, fazem parte e favorecem no seu processo de aprendizagem e desenvolvimento.


      Sendo assim, a arte como linguagem, tem o poder expressivo de representar idéias através de linguagens, possibilitando que o sujeito adquira uma postura ética e autônoma em suas formas de pensar e agir no mundo. Pois, por meio da arte o homem pode aprimorar-se dos conhecimentos já produzidos pelas gerações passadas, pois a arte em todas as suas manifestações é a cultura de um povo, absorvendo e transformando de forma forma consciente e autônoma mediante um senso de criticidade.


      A arte pode propiciar ao sujeito o contato com os outros tipos de cultura enriquecendo seu repertório estético, tendo vínculos com realidades diversas, educando seu olhar para as coisas do mundo, um olhar crítico e ético, no qual essa forma de enxergar o mundo se dá mediante essas experiências sensíveis em contato com as diferenças, oportunizando-o para que este se torne um ser mais sensível às coisa do mundo.


Nesta perspectiva, essa reflexão trouxe entendimentos sobre a importância do olhar sensível, da arte em diálogo com as diferentes instâncias sociais, culturais, interculturais, da ética e da estética na construção e na transformação da sociedade. Acreditando no potencial da linguagem artística na educação, para uma transformação da sociedade, pela qual mais que aceitar as diferenças, encontre nelas a riqueza que há na pluralidade, que aponte caminhos para a cidadania, que faça evoluir a um nível mais democrático a humanidade, onde a ética e a estética esteja acima das formas petrificadas, rígidas e intransigentes do moralismo, dogmatismo e de paradigmas, para despertar no racionalismo exacerbado, no cientificismo e no utilitarismo, que envenenam a sociedade com seus pacotes de consumo, uma consciência das verdadeiras necessidades do ser cidadão, ser social e muito mais, ser humano. A passagem da Era Moderna para a Pós-Moderna provocou mudanças fundamentais nas relações sociais, com conseqüências lógicas para a arte e a educação contemporâneas. A tradição da Modernidade, que supervalorizava o novo, que rejeita as culturas populares, impondo uma estética ocidental, dita universalista, produto de uma elite intelectual artística, como única possibilidade para  a  arte-educação, foi fortemente questionada, porque não atende às demandas da sociedade pós-moderna na medida em que não dialoga com os contextos culturais.

                  Na sociedade da informação o cruzamento entre o local e o global é praticado no dia-a-dia. Em um mundo cada vez mais interconectado por sistemas e redes de informação, a pluralidade, a fragmentação de crenças, as múltiplas culturas de gosto e de gênero artístico se fundem em conflitantes tentativas de diálogo. A Pós-Modernidade abriu portas à importância de entender a arte como representação de significados cuja interpretação depende mais da compreensão de códigos simbólicos e convenções culturais que circulam nos contextos de origem da obra A história da arte, tal como foi escrita e tal como se ensina nas escolas (se expõe em museus, se apresenta em espetáculos cênicos e/ou musicais), mascara sob a lógica da verdade concepções culturais, conforme aprendemos de Gergen (1992:167).

 

 
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