Seminário Licenciatura

   A questão, no entanto é, se estamos buscando um ensino que priorize as relações dialógicas entre alunos e professores, se o enfosque da educação que objetivamos construir é dar espaço para que os alunos exerçam sua liberdade de criação e expressão, fazendo com que cada um sinta-se responsável nos processos de ensino/aprendizagem, como então, trabalhar sobre planejamentos e planos de aula que contemplem somente aquilo que o professor teve em mente ao fazê-los? Constatei, de maneira não intencional, que estava sendo tão ditatorial e inflexível quanto os demais professores que já possuem anos de docência e não escutam mais seus alunos. A este respeito, Hernández (2005, p. 26) comenta que (...) a formação docente (tanto a inicial como a continuada) necessita ser revisada se pretendemos estabelecer um diálogo permanente entre o que acontece fora da escola (como instituição de formação que passa desde a educação infantil até a universidade), às mudanças na organização dos saberes, nas representações simbólicas, nas formas de, nas comunicações e na atuação dos docentes em aula.

     Pensando nisso, após ter o primeiro contato com os alunos da turma onde se realizou o estágio, foi necessário um exercício imprescindível para o bom andamento das aulas seguintes: revisar os planos de aula anteriormente executados levando em conta agora aspectos antes ignorados, pensando em filmes e artistas que fossem mais próximos daquele contexto tão específico dos alunos a fim de, desta forma, talvez tornar um pouco mais carregada de sentidos e relevância para os educandos as aulas de Artes Visuais. Não raro, escutamos de alunos e professores de outras áreas de conhecimento, que a disciplina de Artes Visuais não tem muita importância para a vida dos alunos, a menos que algum tenha interesses futuros na profissão. Todavia, tais pessoas integram uma parcela (significativa) de indivíduos que reconhecem a disciplina de Artes Visuais como sendo fundamentalmente prática e pautada em premissas decorativistas. Franz (2003, p.1)

     O problema consiste no fato de que os professores são desafiados a ensinar aos seus alunos algo que muitas vezes eles próprios não compreendem, o que é também resultado das históricas barreiras criadas entorno deste campo, assim como da crença de que ao professor de arte cabe apenas ensinar crianças a desenhar, pintar, cantar e encenar. No entanto, a disciplina de Artes Visuais na escola busca fomentar nos educandos uma postura reflexiva a respeito do mundo, mais especificamente das imagens que o cercam, através de exercícios de leitura e compreensão crítica sobre tais imagens. Ainda de acordo com os apontamentos de Franz (2003, p. 1), que por sua vez utiliza-se também das concepções de Gadotti (2002), pode-se acrescentar que

     É comum ouvir alguém dizer que a crítica de arte é coisa de críticos ou historiadores, mas, uma vez que a obra de arte passa a ser central como objeto de estudos também nas escolas, emitir julgamentos críticos e ensinar a pensar criticamente sobre obras de arte é também papel do educador, levando em conta que a crítica no contexto educativo tem um sentido mais amplo do que no trabalho dos críticos propriamente ditos, no qual a crítica é dirigida ao sistema de arte (...). Na perspectiva que esta reflexão segue, a crítica de arte na escola está conectada com as finalidades da educação pós-moderna, que é emancipatória, multicultural e intimamente ligada com a cultura. (GADOTTI, 2002).

 

 

Prof.º Dr. Bilidison Dias 

Quando se refere a palavra currículo o que vem em mente é um conceito variado e diverso que leva a questionar a questão da seleção do currículo escolar a ser seguido na educação infantil.
Considerando o currículo como um programa de conteúdos de disciplinas a serem seguidos , podemos encontrar um amplo campo de interpretação.

É nítido que os responsáveis diretos em relação a aplicação dos currículos na sala de aula, são dos professores.
Ressalta-se que no ambiente escolar apesar de existirem pessoas que exercem diferentes cargos, somente quem tem a vivência em sala de aula que é capaz de analisar, argumentar a aplicar de forma coerente as reais necessidades de um currículo.
O exercício de planejar, é considerado como um processo complexo que abrange diversos aspectos que vem desde o sistema social até o aluno.

Na realidade, o objetivo de um currículo bem planejado é no sentido de que decida a melhor oferta cultural que o sistema educacional possa apresentar aos alunos priorizando as necessidades existentes.
Alguns países como a Espanha, adotaram uma proposta curricular mista, no qual foi estabelecido um currículo obrigatório, mas maleável no que se refere a diferentes contextos e situações.

 O ideal é que as experiências vividas na sala de aula , contribuam para a geração de um processo permanente de revisão das programações dos ciclos da Educação Infantil e do projeto curricular.Mediante a apresentação deste projeto curricular voltado para a Educação Infantil seria elaborado propostas pelos professores que neste caso se tornam responsáveis pelas programações curriculares.Recomenda-se que esta programação curricular apresente os seguintes requisitos : Previsão; Operacionalidade; Flexibilidade; Objetividade e finalizando, Realismo

 

Reflexões sobre o ensino das Artes Visuais


       A professora Dr. Jociele Lampert iniciou sua fala mostrando os cursos do CEART/UDESC

      1- Educação: Prática Social

      2- Estágio: como e com pesquisa (teoria e prática)

                   * Eixo central e articulador  (cursos de formação)

                  * Aspectos indispensáveis para o professor/aluno (como docente)


          Contexto: - Saberes docentes;

                            - Perfil dos alunos;

                            - Conteúdos dentro de Artes Visuais


     - Relação teoria e prática/superação de separação entre teoria e prática.

     - Relação de contextos reais.

    

 Reformas Curriculares


       - Perfil Profissional dos Formandos

       - Corpo Docente

        - Espaços Físicos/Planejamentos


       Tendências contemporâneas para a educação;


     Diferencial que observei que não temos na FAV...


     1- Desenho Infantil;

     2- Laboratório de Criatividade;

     3- Fazer cerâmico;

     4- Instalação Multimídia;

     5-Mediação em espaços culturais (Muito necessário!!!)

     6- Desenho Digital;

     7-Estágio 3 - Ed. Especial e funamental.


                                  (Obs.: AS disciplinas não tem pré-requisito como algumas que nós temos.)


       Formar artistas/professores/pesquisadores!

      Adorei essa fala. E é o que realmente a FAV tem como objetivo! Nossa, que lindo!


     


 

Paradigmas e Curriculo


       O professor Dr.Belidon inicou sua fala destacando os seguintes pontos:


      1- Paradigmas;

      2- Forum de Artes Visuais - UnB


       "Percebeu um desejo de mudança com relação a nossa faculdade - FAV"

     

        - Curriculo;

         - Curriculo Conversado;

         - Curriculo vivo;

         - Curriculo aberto;

         - Disciplinas conjuntas;

         - Palestras/seminários (integrante) + - 1960


      Curriculos estrutura formal

                         Diferente

      Curriculo individual/pessoal


       - Ementa aberta? Que louco! É disso que precisamos na graduação!

 

     - Uma mesma disciplina aberta com três professores, em três dias da semana diferentes, abertas também a comunidade (UnB), Fantástico!


      Foi discutido um tema que simplesmente bato o pé aqui na faculdade: Falta de discussão entre os professores... Falta de concordância. Realmente, há esse problema em todo lugar!



Coletividade.!


 

Práticas e Teorias artísticas na formação de professores de Artes Visuais


       A professora Dr.Terezinha inicou sua fala mostrando um pequeno power point sobre paradigmas:


               Marcos e tal...

     Introjeções que reproduzimos sem saber suas causas, simplesmente reproduzimos!

                                    "Somente suas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana. E eu não estou seguro quanto a primeira."

                                                            (Albert Einstein)


      * Qual a natureza dos problemas?


       - Legislação Nacional?

       - Curriculo?

       - Projeto Pedagógico?

       - Metodologias de disciplinas específicas?


Bauhaus

EAV Parque Laje


     Desafio Técnico


     - Criar, transformar, resgatar metodologias e estratégias de ensino que favoreçam o trato com a pluralidade.


Ana Mae / Peirce      

A culpa é sempre dos professores




Grupo Cª  Reflexão

   Colaboradora Silvia Marques

        Houve uma ausência considerável dos participantes dos grupos do sexo masculino. Expressivo numero de discentes. Ausência do numero de participantes, depois de um espaço longo de intervalo. Presença de quatro participantes que não estavam na discussão anterior. Fluência nas discussões, posições polarizadas sobre conceitos de educação, professores, escola, ensinar, aprender, licenciatura bacharelado.

       Questões: 1. O que você acha de um curso centrado em um aprendizado auto dirigido, por meio de projetos realizados pelos próprios estudantes agrupados em menor número, orientados por um docente. O professor não ensina da maneira tradicional, mas facilita a discussão dos estudantes, conduzindo-a quando necessário e indicando os recursos didáticos úteis para cada situação.

           A)         Você acredita que essa metodologia é representativa de uma mudança paradigmática e contempla uma prática de aprendizado possível em nossa instituição? Por que sim, por que não?

         B)     Quais os paradigmas essenciais para a formação do professor em artes de modo a vislumbrar o processo artista e ou artista-professor?

          C)           Quais os tópicos de estudo ou de conteúdos devem ser contemplados em um curso de Licenciatura em artes Visuais?

        Os alunos e manifestam com entusiasmo os depoimentos refletem as buscas pelas quais eles percorreram autonomia nas pesquisas, livros, consideram que deste modo, possuem um referencial mais amplos e outras dinâmicas de raciocínio. Sentem que assim, o professor também aprende e nos escuta. Entretanto, apesar de que muitas de suas descobertas (alunos) não são consideradas, uma vez que não há espaços para essas interlocuções. Professor e  Aluno. (ressentidos)

      Há descontentamentos, pois não compreendem o processo desde o inicio, relatando que são imaturos. Posicionamentos de auto – dependência de uma modelo tradicional, paternalista e contemplativo sem atitude da busca e curiosidade. Questão a considerar, pois a proposta visa uma redescoberta deste lugar de professor e do aluno.

        A simplificação da ação docente. (problematização freqüente)

        Questionamentos de lugares ocupados na reflexão de quem é aluno quem é o professor desejosos de identificar suas atribuições.

        Preocupação política/filosófica: Qual a experiência que levo, trago e oferto para o alunos?

       Quem deve negociar em sala? Temos estas perspectivas de negociação, quando determinamos o conhecimento, quando elegemos os autores quando não sabem como o processo de prender de cada um a se configurou.

      Perspectivismo da ação identitária do professorado , ocupação de espaços educativos e uma reflexão ampliada da vida!

      Gostam de experiências com vários professores em sala especialmente os mestrando quando auxiliam o professor em sala, sentem que há uma aproximação entre o docente e alunos.

      Pouca reflexão desta condição de artistas pesquisador, há um conflito, entrave de convívio velado a respeito da licenciatura e bacharelado ensina e faz.

      Falta discussões com mais aprofundamento: Teoria Quer, Artes contemporânea, Mídias, Educação a distância, proposições e entendimentos sobre as percepções das imagens, História do ensino em Artes em Goiânia e a História da arte africana, oriental, indígena.

 

 
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