Pedro Paulo

Texto reflexivo sobre palestra de Diana Domingues, dia 25/03/2010.

    A palestra da professora Diana veem mostrar uma arte totalmente participativa, de forte dimensão comportamental que depende da ação, através de escolhas e respostas de quem interage com o sistema. O antigo espectador troca a passividade ou a pura interpretação diante de um objeto artístico, por uma relação vivida durante o processo de descobertas. Ela discute as novas perspectivas do campo artístico, onde a arte interage com a vida e em prou dela. O artista por sua vez deve pensar uma proposta que priorise o bem estar das relações humanas. Uma arte conectada com as tecnologias digitais.

      Na direção de uma naturalização das tecnologias, vemos, portanto, que sua inserção no contexto se faz de forma natural, pois cada vez mais os homens buscam as tecnologias e as instalam no seu habitat. Mouses, teclados, modens, câmeras, sensores, capacetes e luvas, entre outros dispositivos ou interfaces capturam sinais e ações do corpo e do ambiente e se somam à capacidade de pensar de computadores, colocada à disposição no ciberespaço, em simulações através de sistemas baseados em softwares de alta performance, que operam algoritmos da linguagem matemática, executam cálculos complexos, hibridizam imagens, sons, textos em estruturas não-lineares da hipermídia, interpretam micromundos de células, codificam partículas do universo, solicitam a agentes que nos incorporem e executem tarefas em ambientes virtuais, movimentam robôs, permitem a telepresença e incarnam avatares como identidades vividas na rede. Essas e outras situações são marcadas pela interatividade entre arte e vida, proposta da professora Diana, uma aproximação da natureza da ação e um distanciamento do simples olhar estético e estilístico.